sexta-feira, 24 de julho de 2009

Dos ideais

Sou bastante persistente com o que me interessa de verdade, e não adianta tentar fazer com que eu desista, pois se realmente achar que posso atravessar para o outro lado do espelho ou aprender balé com 20 anos, eu continuarei tentando. Talvez não tão exposta, e não porque pode parecer sem sentido a quem vê, mas porque a presença de alguém pode inibir a penetrabilidade do espelho e minha performance de rotação.
Eu busco coisas que talvez não existam, ou talvez não existam onde todo mundo já cansou de procurar. Eu acredito em noites perfeitas, em trabalho honesto e em milagres da Natal.
Eu sigo uma intuição que me faz pensar que não é em vão e que coisas inesperadas, cores novas, e diferentes tipos de chuva podem surgir e podem me desviar por alguns segundos ou indefinidamente.
O risco que se corre é o desapontamento, e se assim for, tenho certeza de que já existem no mundo coisas suficientemente novas e concretas para que eu experimente.


Eu tenho medo, as vezes me desespero, as vezes desisto e me encaixo, mas também sinto arrepio e sinto minha barriga formigar, e nas borboletas que todos vemos, eu enxergo uma pequena
seta.

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