segunda-feira, 10 de setembro de 2012

5 dias e os rituais

Te vejo em todos os lugares.
Tem um pouco de mim em cada coisa que eu passo a conhecer, mas todas são um pouco incompletas porque falta o toque especial. O toque especial na minha cor preferida, no meu prato favorito, na música que eu mais gosto, o toque especial é você.
Não é porque eu escolhi. Juro. É que era pra ser e inconscientemente a gente fez dar certo por um tempo, até que vimos que um tempo já tinha passado e percebemos que dali pra frente seria árduo. Seria triste, seria solitário, vazio e saudoso, mas era o preço a se pagar.
Não lembro de em nenhum momento a gente ter contestado ou considerado desistir. É a gente.
Um pouco tortinho, um pouco com vergonha no início, um pouco narizinho de batata mas totalmente autêntico e extraordinário. Então esse é o amor?
Mas não é aquela coisa que eu vi na novela do Sbt com o cara que amava a moça linda e pobre miserável?
Então o amor pode aparecer pra mim também? Pra mim que não fui estudiosa, que dormia fora de hora e comia biscoito em dia de semana? Eu mereço o amor? Caramba como sou sortuda!
Parece que a sorte nos dá o direito de se entregar, de correr o risco de sofrer muitas vezes mas de se apaixonar constantemente, inevitavelmente e se surpreender sempre.
Sinceramente eu não sei até onde vai e de verdade não sei nem pra onde vai. Mas é o tipo de viagem que a gente topa sem conhecer o destino, é o tipo de coisa que a gente arrisca e se entrega. Porque de verdade não é o destino, não é o prêmio que compensa. É o todo dia, é a dor misturada com a vontade. É o risco que a gente corre de morrer todos os dias, mas é o que nos dá a certeza de estarmos um pouco mais vivos a cada minuto.