terça-feira, 17 de agosto de 2010

Corso

Tenho visto carros e pessoas que se comportam da mesma forma, e não acho que eles tenham culpa. Vejo dessa forma porque ao entrar e ao sair daquela sala as impressões mudam e quando eu comparo os dois extremos me sinto muito frágil e muito agressiva. Eu sou mais brava que pareço, eu sou muito mais forte que pareço e não sei porque deixo parecer outra coisa afinal. Sei que me enganar, em diversos aspectos não faz de todas as coisas mais leves ou mais perfeitas para mim.
Eu não sei pra onde estou indo, mas estou indo com minhas próprias pernas seja para a angústia ou para vitória. E quem disse que não pode ser os dois? Até hoje um tem feito com que eu perceba o outro e reconheça o que é estar em diferentes lugares ao mesmo tempo.
Estou muito dona de mim e passei a não ouvir com o coração certas palavras doces que envolvem uma verdade cinica e um pouco pretensiosa embora meus ouvidos ainda percebam esses sinais. Outras coisas eu ainda não sei controlar, e nisso eu também me pareço com os carros. Mas há vantagens em sermos carros!! Só é preciso controlar a velocidade, calibrar bem os pneus e usar as medidas de precaução, deixando o air bag apenas para a pior das tragédias. O ar condicionado fica para os momentos de necessidade. O que eu quero é abrir os vidros e sentir o vento, ouvir o barulho e arriscar um pouco também, porque a surpresa pode mudar meu rumo e eu estou pronta para isso.