domingo, 31 de janeiro de 2010

Das diferentes formas de ver mudanças

Abrir novas portas, vasculhar o ambiente antes mesmo de encostar em qualquer móvel.
Abrir a janela, a geladeira, o armário do banheiro. Ligar a tv, fingir relaxar no sofá e aos poucos desfazer as malas, pregar quadros nas paredes, trocar os móveis de lugar, acrescentar itens na estante, deixar os sapatos na sala.
Ouvir sua música favorita e cantar bem alto!
Discretamente sentir-se em casa, sorrir pro espelho. Estar em casa.

sábado, 30 de janeiro de 2010

.Tempo e espaço

Durante muito tempo eu achei que meu lugar fosse o meio. Achei que seria a estrada, achei que seria o ônibus e de alguma forma a hora de arrumar a mala, mas já não dá pra fazer assim.
A gente conquista o nosso lugar, porque por mais que o lugar nos conquiste antes, ele por agora não precisa tanto da gente como a gente precisa dele, afinal ele sempre existiu e pessoas extraordinárias fizeram questão de estar lá.
No futuro vai ser diferente, o meu nome fará diferença por lá. Minha marca será fundamental para o progresso das coisas inacabadas e das histórias mal resolvidas. Mas por enquanto é assim, e já passa da hora de me permitir amar, de me permitir dormir mais ou decidir acordar antes. Já passa da hora do lugar me amar também.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A ponta da corda


Eu não entendo certas coisas mas me espanto quando as vejo se refletindo em mim.
Qual o sentido em trabalhar mais, construir uma casa maior, comprar outra TV e comprar ração saudável para o cachorro se num balanço da última semana não se sente paz?


Eu não sei muito da vida e eu idealizo coisas. Meu maior sofrimento é algumas vezes não ter um objetivo nítido e não ser tão organizada quanto deveria. Mas eu não gosto da inércia e embora meu corpo esteja flácido e meu cabelo um pouco palha, tem que haver um instante em que há no mínimo uma virgula. Seja um fim de semana, seja uma tarde livre ou um banho beeeeem fresco com sabonete feito de pepino e hortelã.

Nunca me apeguei a certas coisas, e bato o pé até o fim pra afirmar que não precisaria disso. As vezes sinto que a gente nem se conhece muito bem pra falar a verdade.



Quando eu não me sinto bem aqui, eu sento no quintal e converso com o cachorro. Acho que perder isso mata uma célulinha da paz e uma do conforto.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Show them how cute you are

O que é preciso mudar pra saber que lugar é o meu? Eu deixo de sentir algumas coisas, eu passo a reconhecer coisas em mim, e aceito com naturalidade. Lembro de algumas coisas como se fossem mais comuns do que realmente são
Viajar s
ozinha até nao parece má idéia, mas algumas coisas a gente só sente quando compartilha. Eu não estou perdendo minha sensibilidade, mas penso que ela é mais secreta agora. E mais frágil, então se esconde.
Não deixem de gostar de mim, eu vou me esforçar mais. Mas se perder o que eu tenho, talvez estrague.


(Estrague pra quem?)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A importância de encontrar o que se ama

Se frustrar defendendo algo em que a gente não acredita é muito ruim. É como se estivesse sentada na torcida do time que tá perdendo, fingindo torcer pra ele enquanto do outro lado da arquibancada os seus companheiros vibram com mais um gol.

Eu vou encontrar, e não será tarde.