domingo, 18 de março de 2012

O que vem depois

Eu me sinto tão sua quanto me sinto eu mesma. E na nossa vida, a gente faz as coisas do jeito mais leve que existe, e escolhe as rotas e os métodos mais eficazes para todos os destinos.
A gente sempre está certo, e quando tivermos aposentados, a gente salva o mundo. A gente ama o que faz, a gente ama nosso espaço e não perguntamos um ao outro o que vamos fazer. A gente faz. E é tudo tão natural que um dia você veio mais cedo pra casa e eu também, porque a gente queria ficar junto e fazer o tempo passar e nos encontramos sem querer e sem saber, mas com uma exatidão quase planejada, porque a gente se leu de manhã na hora do café.
Nosso espaço é amplo, nossos cantinhos são pequenos e aconchegantes, nossa varanda é fresca e nossas meias quentinhas.
Eu te dou as boas notícias sempre com tom de brincadeira e você faz dos dias casuais os mais perfeitos. A gente dá risada e cochila, namora e cria receitas, viaja e faz faxina. Tudo isso dentro ou fora de casa, aqui ou no Japão, de uma ponta a outra da cidade ou em cada ponto do planeta, criando pontos, contando contos e tecendo uma rede invisível que liga a gente até onde nem as estradas e nem a internet chegaram hoje em dia.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Para o alto e avante

Talvez eu não saiba de tudo mesmo.
Quando eu não tenho resposta para nenhuma das minhas perguntas, talvez não seja porque tudo vai dar errado e eu nunca encontrarei respostas. Pode ser maior que isso.
Talvez tudo aconteça diferente e totalmente fora do planejado, por mais bem planejado que seja. E isso me parece bom o bastante por agora.
Quanto tempo dá pra viver com a certeza de que você não é isso que tem sido? Eu me enxergo bem perto desse limite, e de alguma forma alguns sinais (que se não forem sinais passam a ser) indicam que nada é por acaso, e o que te faz mal, e o que te faz bem, tem um porquê.
Eu posso não saber odestino, mas estou toda equipada para uma viagem longa e com surpresas. Só preciso lembrar onde ficou minha bussola.

Autobiografando

Eu que ja nem sei se tenho medo ou se é preguiça. Que acordo de manhã mas passo o dia como se estivesse dormindo tendo pesadelos muito reais e bons sonhos que não fazem sentido. Que na sexta a noite fico do lado de dentro da janela e quero ver gente mas não ver ninguém.
Para mim que o dia passa, que as horas voam, que deito logo pra acordar logo.
Eu que as vezes não vejo sentido, não vejo o próximo passo e não planejo. Que uso a criatividade pra fazer piada de mim mesma e os sapatos para esconder os pés.
Confundir angústia com só o anoitecer é normal?
Confundir sede com depressão é?
Não conseguir olhar pro futuro é desamor?
E essa menina sorrindo com o olhar vago e longe para o espelho como se visse através dele quer o que?
Essa eu sei quem é! Ela quer descobrir quem é usando interrogações no final das frases.