quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Metamorfose

Engraçado estar tão no meio do nada e se sentir seguro assim.
Não pensar muito no objetivo e viver a construção é algo muito concreto para me dizer respeito, mas tem acontecido.
É claro que me dá medo. Dá medo principalmente porque isso me indica mudança e eu não sei migrar. A minha zona de conforto é tão instável e meu amor é tão sólido... Então por que não? Por que não se perder?
Meu corpo tem mudado. Meu jeito de falar tem mudado e ao meu redor tudo tem mudado. Faltam duas semanas, e me sobra a vida toda. Faltam poucas horas para o dia acabar e eu tenho lições a aprender e deveres a cumprir que não cabem no tempo.
Mas e se a hora for essa? Eu me sinto segura, eu me sinto forte e pronta para abrir mão e ao mesmo tempo me agarrar mesmo sem saber a que.

A gente precisa mesmo de sinais para ter coragem? É isso que faz a gente mudar?
Eu tenho medo de perder o meu momento mas todas as vezes em que eu deito em algo que me retoma na zona de conforto, eu sei que só eu posso fazer a minha hora, e eu posso ter inúmeras. Eu posso mudar e recuar e arriscar sempre!

Faz tempo que eu não choro como precisaria ter chorado e por não conseguir me pergunto se algo maior virá para desaguar.
Eu sinceramente não sei se tenho dado o melhor de mim. Provavelmente não e não quero me enganar, nem pro bem e nem para o mal.
Isso me faz pensar nos nossos limites, e no que descobrimos quando decidimos deixar o que for senso comum para confiar em nós mesmos. A gente tem que se reconstruir. A gente tem que começar tudo mesmo que algumas peças já estejam um pouco gastas e criar algo novo. Pra mostrar que não existe lixo, pra se reinventar.

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